Apesar de ele ser mais frequentemente recordado pelo seu trabalho nos anos oitenta, a sua carreira iniciou-se na década de setenta como engenheiro de som e só mais tarde se tornou produtor. Nos anos setenta trabalhou como freelancer para Shirley Bassey, Fleetwood Mac, David Essex, entre outros. Foi essa experiência que lhe abriu uma porta importante na sua carreira, a sua contratação pela editora United Artists (UA).
Na United Artists estava uma banda punk, The Stranglers, que precisava do trabalho de um produtor e "Grip" chamou-lhe à atenção e assim começou o seu trabalho de produção com os Stranglers que durou quarto álbuns: "Rattus Norvegicus", " No More Heroes", "Black And White" e Live (X-Cert). Também foi na U.A. que Rushent começou a trabalhar com os Buzzcocks levando a um conhecimento e amizade com Peter Shelley que faria com que Rushent produzisse o tema "Homosapien" e o álbum "XL-1". O resultado foi tão bom que os reponsáveis da editora pediram que Rushent fizesse o favor de ouvir e produzir "Sound of the Crowd" e "Love Action", dos Human League.
Foi a invulgar e talentosa produção de "Dare", de 1981, dos Human League, e o seguinte álbum de remisturas de "Dare", com as suas incontáveis variantes feitas na mesa (numa época em que não existia ainda a manipulação digital), e o enorme sucesso de vendas destes discos, que colocaram Rushent no mapa. Foi também durante estas sessões que Martin Rushent, involuntariamente, acaba por inventar o "sample" ou "samping" manipulando um dos seus equipamentos novos e acaba dando indicações a um fabricante japonês de como poderiam produzir aquele produto. Rushent ainda trabalhou no EP "Fascination!", mas a relação com a banda tinha-se deteriorado tendo Rushent abandonado as sessões em "Dare" por ter sido insultado por um dos membros.
Para além dos Human League, entre as dezenas de artistas que Rushent produziu, principalmente nos anos oitenta, não deveremos deixar de realçar o seu trabalho com os Altered Images, GO GO´S, Generation X, Rachel Sweet, 999 e XTC.
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