Não Faz Sentido

Quando os Special AKA lançaram "Free Nelson Mandela", Mandela ainda estava preso e a África do Sul não era o país que conhecemos hoje. Era um país com quem todo o mundo convivia e tinha relações económicas,pela sua importância como potência económica, apesar do racismo e da segregação racial que por lá se passava que, com o tempo e a situação política, um dia desmoronou-se como o Muro de Berlim. "Free Nelson Mandela" era um tema pop, de uma enorme força e de denúncia para os ouvidos de milhares de jovens que o ouviam e dançavam ao som deste tema. Hoje, felizmente, este tema, já não faz sentido como apelo à libertação de um homem e ao fim de um regime racista mas, infelizmente, ainda se pode enquadrar em tantas outras injustiças e faltas que ocorrem por esse mundo fora, umas, que ouvimos e lemos nos media, e outras de que nunca saberemos. Nelson Mandela, hoje, usa o seu poder como ícone vivo para apelar para outras tragédias como a do V.I.H. no continente africano e no mundo.

Neste fim-de-semana, e com a presença de Mandela (recorde-se o concerto em 1988, em Wembley, em que se apelava à sua libertação e ao fim do apartheid na África do Sul) coube a uma enorme banda e à voz de Amy Winheouse a interpretação de "Free Nelson Mandela", dos Special AKA, nome de banda ressuscitado depois da saída de três membros dos Specials, os quais ficaram conhecidos como Fun Boy Three. Jerry Dammers, o autor e um das forças dessa banda e também da editora de então, a 2-Tone, grande responsável pelo revivalismo do ska na Grã-Bretanha, apresentou deu as boas vindas a Amy Winehouse.



E, agora, a FABULOSA versão original, com Stan Campbell, a "nova" voz dos "novos" Specials (AKA), depois da saida de Terry Hall, Neville Staples e de Lynval Golding: