Tinha muita esperança de ver ideias e ideais novos. Ao folhear aleatoriamente o guia "Essencial", do "Sol", deparei, na página 16, com uma receita vegetariana, "Crumble da Avó". No entanto, a boa surpresa foi "sol" de pouca dura já que, nas primeiras páginas, da "Essencial", há um artigo sobre Picasso e Málaga, em que, talvez para nos recordar os tempos idos da "Única" (do "Expresso", dirigida pelo sub-director do "Sol") em que a "festa" era assunto constante,
escreve a jornalista:
"As touradas fazem parte da cultura local. É impossível ficar indiferente. La Malagueta, a terceira principal praça de touros, depois de Madrid e Sevilha, recebe os nomes maiores da festa taurina todo o ano e fervilha em dia de corrida[...] Foi sorte termos bilhetes reservados, caso contrário ficávamos à porta, como aconteceu com muitos que não escondiam a desilusão [...] Nas bancadas havia gente bonita de todas as cidades e não faltavam colunáveis - uns lugares mais abaixo, na zona da sombra (mais chique!), reconhecemos a Duquesa de Alba, outra aficionada[...] É como se estivéssemos num templo religioso em que se deve mostrar respeito [...] A luta desigual, contestada por muitos, deixa de fazer sentido quando nos entregamos ao espectáculo [...] Quando assistimos a uma praça inteira a aplaudir de pé, a acenar com lenços brancos, a gritar "Orelha! Orelha!", gritamos a par deles. Aplaudimos com entusiasmo. Percebemos o deslumbramento do menino de Picasso e, de repente, somos também crianças a viver uma nova experiência."
Comentários? Acho que não. Obrigado.
P.S. O fraquinho pelos touros da "Essencial" torna-se evidente quando, na programação de sábado, o destaque vai para o programa de tauromaquia "Arte & Emoção". O que suponho que quer dizer que é mais "entertaining" e educativo do que "National Geographic", no mesmo dia Às 22:30, ou do que o filme "Embriagado Amor" ou, last but not least, o "Gato Fedorento" às 20:30. Enfim. Muita sombra e pouco sol.
escreve a jornalista:
"As touradas fazem parte da cultura local. É impossível ficar indiferente. La Malagueta, a terceira principal praça de touros, depois de Madrid e Sevilha, recebe os nomes maiores da festa taurina todo o ano e fervilha em dia de corrida[...] Foi sorte termos bilhetes reservados, caso contrário ficávamos à porta, como aconteceu com muitos que não escondiam a desilusão [...] Nas bancadas havia gente bonita de todas as cidades e não faltavam colunáveis - uns lugares mais abaixo, na zona da sombra (mais chique!), reconhecemos a Duquesa de Alba, outra aficionada[...] É como se estivéssemos num templo religioso em que se deve mostrar respeito [...] A luta desigual, contestada por muitos, deixa de fazer sentido quando nos entregamos ao espectáculo [...] Quando assistimos a uma praça inteira a aplaudir de pé, a acenar com lenços brancos, a gritar "Orelha! Orelha!", gritamos a par deles. Aplaudimos com entusiasmo. Percebemos o deslumbramento do menino de Picasso e, de repente, somos também crianças a viver uma nova experiência."
Comentários? Acho que não. Obrigado.
P.S. O fraquinho pelos touros da "Essencial" torna-se evidente quando, na programação de sábado, o destaque vai para o programa de tauromaquia "Arte & Emoção". O que suponho que quer dizer que é mais "entertaining" e educativo do que "National Geographic", no mesmo dia Às 22:30, ou do que o filme "Embriagado Amor" ou, last but not least, o "Gato Fedorento" às 20:30. Enfim. Muita sombra e pouco sol.