Não é preciso ser-se vegetariano, ou um radical defensor dos animais, para estar contra um "espectáculo" de tortura onde um animal indefeso, sem qualquer treino e que viveu livre e sem quaisquer inimigos naturais, incapacitado das suas armas naturais, e, muitas vezes, debilitado fisicamente antes de entrar na arena, seja confrontado por seres "racionais" e preparados para um confronto em que os vencedores e os vencidos estão anunciados de início. (Alguma vez ouviram falar de touros que são tratados das feridas da corrida e voltam ao campo por terem vencido o "confronto"? Com sorte, os animais não sofrerão dias a fio, com as feridas no corpo, num qualquer curro, até que os abatam num matadouro municipal.)
O Campo Pequeno, em Lisboa, apesar das remodelações, é apenas uma triste recordação de como somos um povo onde há pessoas que tiram prazer de uma "arte" que nada mais é do que a crueldade, por prazer, de uma espécie animal contra outra. Essas mesmas pessoas, que têm esse prazer, provavelmente, se lhes perguntássemos se estariam contra outras coisas como "lutas de cães" que, a meu ver, são mais "justas", o que não quer dizer que concorde com elas, na medida em que se dão entre dois animais da mesma espécie e com semelhantes experiências e "armas" de defesa, diriam que sim.
A melhor manifestação que temos contra a re-abertura do novo Campo Pequeno e a continuada utilização deste espaço para as touradas é boicotarmos o mesmo. Essa é a nossa maior arma. Não façamos compras, não utilizemos os parques, não utilizemos as suas salas de cinema e não frequentemos espectáculos lá realizados. Deveriamos também manifestar, enquanto consumidores, o nosso desagrado às marcas que lá se estabelecerem. Se o não fizermos, estamos a ajudar a subsistência e viabilidade comercial deste espaço e assim também a apoiar as touradas. A realização de touradas em Portugal, e agora novamente na capital, mancha o nosso nome como povo de uma nação pertencente ao denominado primeiro mundo. Sigamos as pegadas dos melhores exemplos europeus como Barcelona.
Nota: A Quercus e diversas associações da defesa dos animais vão-se manifestar, amanhã, contra as touradas no Campo Pequeno.
Leitura que recomendo vivamente:
"Toureiro: assassino ou agente cultural" in Crítica -Revista de Filosofia e Ensino
O Campo Pequeno, em Lisboa, apesar das remodelações, é apenas uma triste recordação de como somos um povo onde há pessoas que tiram prazer de uma "arte" que nada mais é do que a crueldade, por prazer, de uma espécie animal contra outra. Essas mesmas pessoas, que têm esse prazer, provavelmente, se lhes perguntássemos se estariam contra outras coisas como "lutas de cães" que, a meu ver, são mais "justas", o que não quer dizer que concorde com elas, na medida em que se dão entre dois animais da mesma espécie e com semelhantes experiências e "armas" de defesa, diriam que sim.
A melhor manifestação que temos contra a re-abertura do novo Campo Pequeno e a continuada utilização deste espaço para as touradas é boicotarmos o mesmo. Essa é a nossa maior arma. Não façamos compras, não utilizemos os parques, não utilizemos as suas salas de cinema e não frequentemos espectáculos lá realizados. Deveriamos também manifestar, enquanto consumidores, o nosso desagrado às marcas que lá se estabelecerem. Se o não fizermos, estamos a ajudar a subsistência e viabilidade comercial deste espaço e assim também a apoiar as touradas. A realização de touradas em Portugal, e agora novamente na capital, mancha o nosso nome como povo de uma nação pertencente ao denominado primeiro mundo. Sigamos as pegadas dos melhores exemplos europeus como Barcelona.
Nota: A Quercus e diversas associações da defesa dos animais vão-se manifestar, amanhã, contra as touradas no Campo Pequeno.
Leitura que recomendo vivamente:
"Toureiro: assassino ou agente cultural" in Crítica -Revista de Filosofia e Ensino