POSSO OUVIR UM DISCO?: OS MELHORES ÁLBUNS DE 2011

Chegou-se à segunda "silly season" do ano. A época em que, para além de muita actividade tola e sem finalidade, fazem-se listas dos melhores álbuns (filmes, livros, bicicletas, omoletes) do ano, como se não houvesse subjectividade e como se quem faz estas listas tivesse visto todos os filmes, ouvido todos os discos, andado em todas as biciletas e experimentado todas as omoletes e 2011. As melhores listas são apenas mais uma forma inútil de perder tempo e de mostrar como cada um é mais sofisticado, literado, e (muito) aborrecido que o próximo julgando a sua verdade absoluta acima de todas as outras. As listas dos "melhores" do ano não têm qualquer importância mas toda a gente quer as ter e apresentar uma. São mais uma forma que arranjámos, no mundo ocidental, de perdermos tempo e de, gratuitamente, fazer que outras pessoas, com tempo livre, gastem o seu dinheiro no conselho de um tolo estranho. Por isso este post deveria chamar-se " OS (nossos) MELHORES (15) (porque não cabiam em 10) ÁLBUNS DE 2011 e PÁRA LÁ DE OLHAR ".
Isto de uma lista de álbuns do ano é ainda mais inútil quando a maioria das pessoas já não compra nem ouve álbuns. E se nós não fossemos produtores de inutilidade, teriamos uma lista dos temas do ano, mas isso daria imenso trabalho e nós não temos esse tempo porque temos que fazer dinheiro para pagar os juros. No entanto, se assim fosse, dariamos um grande destaque ao fenómeno Iamamiwhoami, que seguimos aqui ao longo de 2010 e em 2011, e que não editou nenhum álbum mas foi um dos projectos mais inovadores em termos de apresentação e divulgação para além dos métodos tradicionais durante este período.

Na nossa lista, o tamanho das fotos das capas não tem qualquer revelância sobre a importância do disco e as entradas não estão numeradas porque gostamos de todos estes discos. Há livro de reclamações, ao dispôr.