John Martyn com Danny Thompson - "Couldn´t Love You More" (ao vivo, em 1977, no "The Old Grey Whistle Test" em 1977)
John Martyn - One for the Road" (Em 2004 ao vivo no "Later with Jools Holland")
2 - Não são vacas. Não vês que ninguém as munge.
3 - Olha, hoje quando passei os automóveis não circulavam porque estavam a dar copos de leite tirados no momento.
4 - São bois porque não têm cornos.
5 - Que giro. Este ano a cow parade pintou vacas vivas.
6 - No último dia, vão fechar a Av. de Berna e fazem uma tourada de cordas até ao Campo Pequeno, como lá nos Açores. Quando estiverem lá dentro, faz-se uma tourada à antiga portuguesa e, quando elas não derem mais nada, a malta mata as vacas ao pontapé. O Zé Manel leva o churrasco, montamos no meio da arena, e fazem-se umas bifanas do caraças. O Tiago disse que também vão matar a baleia e assim também servimos uns sushis ao pessoal que aparecer no Campo Pequeno.
7 - Não ouviste aquele, na televisão, dizer que as vacas precisam de uma protecção para a chuva e uns cobertorzinhos? Ao que chegámos. Até parece que lá nos Açores não apanham chuva e ficam toda a noite lá nos montes. Se puderam vir de avião, agora não podem apanhar uns dias de chuva e frio?
8 - Sabias que os baldes da palha são de um designer português?
9 - O meu tio, que é ferreiro, é que fez as letras "açores" mas ainda não lhe pagaram.
10 - Ainda bem que tem chovido porque assim confundem-se os dejectos das vacas com a lama.
11 - Vês como as vacas são estúpidas. Está a chover e elas estão debaixo das árvores sem folhas. Ainda lhes queriam arranjar uma casinha. Mariconços.
12 - Sim, filho, as primeiras vacas foram trazidas das ilhas dos Açores por um navegador português e nós, como povo, é que levamos as vaquinhas para todo o mundo. Porque é que pensavas que as vacas andam livres na Índia? Pelo respeito que eles têm aos portugueses.
13 - Eram treze vacas mas seis tiveram que ir fazer hidroterapia, por causa do frio que têm apanhado.
14 - Filho, Gandhi disse que a grandiosidade de uma nação e o seu progresso moral pode ser avaliado pela forma como trata os seus animais. Por isso, nós, os portugueses, colocámos as vacas numa das zonas nobres da nossa capital e damos-lhe de beber e comer. Percebeste? Podes dizer isto lá na escola aos teus amiguinhos.
15 - Não tem uma máquina de café? Não, minha senhora, neste momento só podemos dar copos de leite porque só as vacas é que estão a funcionar.
Ilustração: capa do disco "Atom Heart Mother" dos Pink Floyd, editado em 1970.
Ela, Florence (Florence & The Machine), ganhou o Brits Critics´ Choice Music Award 2009, ficando para trás a Little Boots e os White Lies, Senhor.
Já sabem como funciona. Podem ouvir os temas, carregando com o botão esquerdo do rato em cima do nome da tema, ou fazer o download, carregando com o botão direito do rato sobre esse tema. Se desejarem descarregar todos os temas, há um ficheiro em .zip no fim da lista.
Aqui vai a listagem deste mês:
ALEMANHA – Blogpartei
Os Notwist são provavelmente mais conhecidos fora do que na Alemanha. Eles são da cidade de Weilheim, na Bavária, onde outras bandas famosas, que partilham membros, são originários (os Console, Lali Puna e 13 % God). O som dos Notwist é construido na voz característica de Markus Acher e no discreto background electrónico de Martin Gretschmann.
AMÉRICA (Estados Unidos da) – I Guess I’m Floating
Blind Man’s Colour – Jimmy Dove
Blind Man’s Colour chegou ao nosso radar, nos finais de 2008, com três excelentes versões dos Animal Collective. Com seu disco de estreia, Season Dreaming, que sairá no início deste ano, "Jimmy Dove" é o seu primeiro single explosivo. Eles têm uma boa hipótese de se tornarem a minha banda preferida de 2009, apesar de ainda estarmos no primeiro mês. Eles têm também um EP grátis que se chama Rainbow Faces que podem descarregar a partir do blog da banda(http://blindmanscolour.blogspot.com/2008/10/rainbow-faces.html). "Jimmy Dove" é um tema exclusivo para a MAP.
ARGENTINA – Zonaindie
Bicicletas – 11 y 20
Começamos o ano a ouvir, sem parar, a nova canção dos Bicicletas, uma superba banda de space-rock que tem agitado a cena independente de Buenos Aires, de alguns anos a esta parte. 11 y 20 será incluído no sue próximo disco Quema, que será lançado em Março pela Bingo! Records.
AUSTRÁLIA – Who The Bloody Hell Are They?
The Middle East – Blood
Eu sinto que têm sido utilizadas demasiadas comparações aos Arcade Fire, nas críticas, por isso fareí o meu melhor para não comparar os The Middle East a uns dos melhores de Montreal. É difícil, de qualquer forma, porque este colectivo de Townsville, Queensland, enquadram-se nesses critérios, pelo menos inicialmente – um grande grupo de músicos (pelo menos seis, possivelmente sete) que criam dramáticos hinos de influências folk.
BRASIL – Meio Desligado
Guizado – Rinkisha
Criados por Guilherme Mendonça, Guizado apresentam canções instrumentais que vão do jazz, passando pelo rock alternativo à electrónica experimental, mas sempre soando avant-garde. O seu primeiro disco, Punx, foi aclamado pela crítica (incluindo a "Rolling Stone" brasileira) como um dos melhores discos de 2008. Além de Mendonça, um reconhecido trompetista na cena de música underground de São Paulo, Guizado é formado por Curumin, Ryan Batista e Régias Damasceno, músicos envolvidos com alguns dos artistas mais criativos da cena alternativa brasileira. Rinkisha, um canção profunda e melancólica, soa como John Frusciante a tocar com os Tortoise.
CANADÁ – I (Heart) Music
Parachute Penguin – Your Crimes
Sim, o nome deles é horrível. E, sim, esta música empresta, liberalmente, dos The Killers, mas, apesar disso, se o próximo EP dos Parachute Penguin, que sairá no fim de Fevereiro, é tão bom como este (ou tão bom como qualquer uma das faixas no fantástico EP de estreia que a banda lançou na Primavera), então não demorarão muito tempo para virem a tocar em estádios em todo o mundo.
CHILE – Super 45
Como Asesinar A Felipes – En Busca De Un Nuevo Sueño
Como Asesinar A Felipes é a melhor maneira de perceber o que se está a passar com o hip hop chileno - referências cruzadas de estilos e letras profundamente chocantes. Alguns ex-músicos de jazz juntaram-se a Mc Koala Contreras e ao DJ Spacio para criar uma combinação, fora-de-vulgar, de jazz-rap. O seu disco de estreia, homónimo, lançado o ano passado, foi descrito como o melhor disco Chileno do ano até pelos media mainstream. Não há qualquer dúvida acerca disso. Nenhuma outra banda consegue atrair as nossas mentes, ouvidos e corpos como os Como Asesinar A Felipes.
COREIA DO SUL – Indieful ROK
Em tempos, o meio masculino dos Bluedawn – o folk/dream-pop duo coreano mais bem sucedido– está agora completamente só nos The Invisible Fish. Para quem conhece os Bluedawn a sua música é lhes ainda familiar mas agora ele é mais experimental e as canções são mais pessoais. Não se querendo comprometer com o seu recentemente descoberto som post-noise-folk sound, The Invisible Fish lança tudo por si incluindo o seu segundo EP a solo, Lost/Sleepless, no mês passado.
ESCÓCIA – The Pop Cop
Evan Crichton, de Glasgow, é um talento raro. É um cantor de quem as canções são de todos os tempos, talvez por serem imaculadamente passadas (nota: de passos) e parecem existir no mundo e no espaço por si só. Depois de um ano de ausência, Evan regressou para tocar ao vivo com uma banda e a cena musical escocesa é o melhor sítio para eles. “Holiday Time” é retirado do seu disco de estreia Bright Our Broken Days.
ESPANHA – El Blog De La Nadadora
Do nosso ponto de vista, Saioa modificou o conceito de cantor-compositor. Ela vem do País Basco, e o seu disco de estreia, Matrioska Heart, foi lançado em 2008, na pequena editora espanhola Moonpalace (http://moonpalacerecords.com/). As suas canções seguem um caminho folk com influências dos Low e Leonard Cohen.
INGLATERRA – The Daily Growl
Emmy The Great – We Almost Had A Baby
Apesar da espera, para o lançamento do disco de estreia de Emmy The Great, ter sido já suficientemente longa para fazer dele uma espécie de "Chinese Democracy" do indie-folk-pop, há a boa notícia de que o disco, First Love, sairá a 2 de Fevereiro. Este tema, lançado no final do ano passado, é o primeiro single do disco.
IRLANDA – Nialler9
An intriguing upbeat rabble-rousing orchestral racket from a 13-piece Dublin band who have the horn for brass and blustery rock epics. O seu EP de estreia Sun Music EP soa a Arcade Fire jamming com o Herbie Hancock.
ISLÂNDIA – I Love Icelandic Music
Singapore Sling – Martian Arts
Singapore Sling é uma banda de garagem negra, neo-psicadélica, formada em Reykjavik, em 2000, pelo cantor/compositor/guitarrista Henrik Baldvin Björnsson e pelo guitarra principal Einar Þór Kristjánsson. A banda é frequentemente comparada aos The Jesus And Mary Chain, The Velvet Underground e aos My Bloody Valentine. “Martian Arts” é retirado do seu quarto disco, Perversity, Desperation And Death, lançado em Novembro, na nova editora islandesa, a Microdot.
ITÁLIA – Polaroid
Arnoux – Today, A Rainy Day
Cascades, o disco de estreia de Arnoux, mistura melancólicos sintetizadores com sons acústicos e vozes quentes, retratando uma tocante e delicada paisagem liquida.
NOVA ZELÂNDIA – Counting The Beat
Princess Chelsea – Monkey Eats Bananas
Todos os Maios, na Nova Zelândia, é o Mês da Música NZ (NZ Music Month). As vendas de discos e a sua passagem nas rádios de artistas aumenta muito e há uma celebração de talento musical local. Nos últimos dois anos, a revista Real Groove tem lançado um disco, em Maio, entitulado The Sound of Young New Zealand. Um dos temas que se destacou, na edição de 2008, foi “Monkey Eats Bananas”, uma canção tão contagiante que levei à loucura de membros do meu agregado familiar, por tantas vezes a tocar acabando por ser premiada com Song of the Year in Counting The Beat. É palerma mas completamente cativante. Xilofones, piano eléctrico, uma letra que não faz sentido e que só aparece a dois terços da canção, coberta por uma linha de baixo. Princess Chelsea irá lançar o seu disco de estreia e "Monkey Eats Bananas" será o primeiro single.
NORUEGA - Eardrums
I Was A King – Weighing Anchor
I Was A King é uma das bandas norueguesas que penso que terão sucesso em 2009. O líder, Frode Stromstad, tem uma capacidade única de criar melodias viciantes com raízes distintas nos anos 60. Distorcidas através do som indie dos anos 90, o resultado é “I Was A King”. No seu segundo disco, homónimo, que recebeu a pontuação máxima no jornal norueguês mais vendido, o trio tem a ajuda de artistas como Emil Nikolaisen (Serena Maneesh), Sufjan Stevens, Daniel Smith (Danielson) e Gary Olson (The Ladybug Transistor).
PERÚ – SoTB
Turbopotamos – Terrorize You/Disco Flor
Depois de algumas demos circularem, o rumor que corria é que um novo som cool tinha despertado a adormecida cena local. Com No Love, de 2007, o segundo disco de Turbopotamos, o rumor provou ser verdade. Com as suas refrescantes composições, Turbopotamos têm desenhado um caminho que os levou a tocarem no mesmo concerto em que actuaram os REM e os Travis, em Lima, em Novembro.
PORTUGAL – Posso Ouvir Um Disco?
The Weatherman – Chloe’s Hair
The Weatherman ié Alexandre Monteiro, do Porto. Chloe’s Hair é o primeiro single do seu segundo disco, Jamboree Park At The Milky Way, que sairá em Fevereiro, que ele gravou com músicos convidados. Além de ser músico, o Alexandre tem a sua editora independente, Poptones, e uma arts collective, a Sublime. Graças a The Weatherman, os sítios que participam no MAP são os primeiros no mundo onde“Chloe’s Hair” está disponvel para descarregar gratuitamente. Obrigado.
ROMÉNIA – Babylon Noise
Les Elephants Bizarres – Have No Fear
Les Elephants Bizarres é uma banda alternativa formada em 2007, em Bucareste. Ao contrário dessas criaturas grandes e apáticas, estes dançantes e multi-coloridos Elephants têm uma apresentação muito fresca e vivida na cena musical romena. Os seus concertos fazem, usualmente, o público dançar ao som do seu indie-pop-disco-punk. Podem descarregar algumas das suas canções e ver actuações ao vivo no seu sítio (http://www.leseb.ro/).
SINGAPURA – I’m Waking Up To…
I Am David Sparkle – Jaded Afghan
O curioso nome da banda de Singapura, I Am David Sparkle, é uma tradução literal do nome de um famoso cantor de disco da Malásia, dos anos oitenta, M. Daud Kilau. A música deles, no entanto, só mostra um pouco dessa nostalgia. Em Jaded Afghan, tema retirado do seu segundo disco, This Is The New, uma cuidadosa tecelada sonoridade ambiental é animada por uma intrigante mistura de batidas e bleeps que movem-se, para trás e para a frente, no tempo. Para mim, o que mais destaca esta faixa é, no fim, o som gentil de uma guitarra vagueando com um som, ao fundo, negro e contínuo.
SUÉCIA – Swedesplease
The Bridal Shop – The Ideal State
Não consigo dizer suficientes coisas boas sobre os The Bridal Shop. Eles juntam perfeitamente os sons da electro-pop, dos 80s, com o shoegze, dos 90s, e a indie, dos 00s. Noutras palavras, eles são o pacote completo. A sua editora perúana (eu sei que isso é um sítio um pouco estranho para uma banda sueca) Plastilina Records (http://www.plastilinarecords.com/ ) merece também kudos por lançar algum do melhor indie-pop da Cloudberry. Esta canção é do mini-albúm da banda, In Fragments, que saiu em Fevereiro.
Para descarregarem todas as 21 canções, carreguem aqui.
"Stooges Guitarist Ron Asheton R.I.P." Pitchfork