quarta-feira, novembro 26, 2008

Quantos 10 cabem em 2008?

Em 2008, cabem 10. E os dez que cabem são estes:

1 - Bon Iver - "For Emma, Forever Ago" (Obrigado Emma por o teres feito um lenhador infeliz.)




















2 - Fleet Foxes - "Fleet Foxes" (Há quarenta anos, este disco teria sido apenas mais um excelente álbum. Hoje, é um dos melhores do ano.)














3 - Vampire Weekend - "Vampire Weekend" (Inevitável!)
















4 - Santogold - "Santogold" (Ainda é possível fazer discos dançáveis não-óbvios. Santa de ouro.)
















5 - Beck - "Modern Guilt" (Um dos melhores discos de Beck com vários flick-flacks à rectaguarda.)

















6 - MGMT - "Oracular Spectacular" (De tanta coisa que eles ouviram, conseguiram um puré a que apenas conseguimos dizer: "São os MGMT".)

















7 - B 52´s - "Funplex" (A idade tem disto. Toda a gente fica com medo de escolher o seu disco para um dos melhores do ano.)
















8 - Midnight Juggernauts - "Dystopia" (Demasiadamente saltitantes e desafinados ao vivo mas, ainda assim, eles são, no século XXI, o que há de mais perto aos ELO no formato psico-délico mas sem mãos. Depois deste disco, as laranjas devem estar secas.)

















9 - The Week That Was - "The Week That Was" (Peter Brewis tem andado, certamente, com este disco escondido dos Field Mice para o lançar paralelamente. Talvez não. É a grande surpresa, já ao fechar das portas de 2008, esta série de canções que transparecem originalidade do primeiro ao último segundo.)
















10 - Cold War Kids - "Loyalty to Loyalty" (Nathan Willett e os companheiros não têm amigos na Europa. Com a sua voz, Willett continua a ser uma das principais forças do som da banda, sem esquecer a instrumentação que, cruamente, se define como rock, quando o blues e o jazz também lá estão.)

















Melhor Disco Português de 2008:



A par de David Fonseca, este disco de estreia da Rita Redshoes, "Golden Era" (título de disco que será lido, para a eternidade, metade em inglês e metade em português) é do que se faz de mais criativo, elaborado, e maduro na pop portuguesa, com um nível de qualidade igual e, em muitos casos, superior, ao que nos chega lá de fora.
Não seria justo deixar de mencionar a estreia dos Deolinda, outro dos discos que ficarão na história da música nacional deste ano, pela sua capacidade de nos mostrar de que se conegue fazer pop, com inspiração na canção popular, sem a enfadonha nostalgia ou a "piadola" básica.
P.S. Por lapso meu, na primeira colocação, não mencionei um dos salvadores criativos desta pátria em termos de nova música e outra das grandes obras que não podia deixar de mencionar. refiro-me a Manuel Cruz e ao seu projecto Foge Foge Bandido , que veio a confirmar o que já sabiamos sobre Manuel Cruz: um enorme talento.