sábado, julho 12, 2008

El Señor Bob

Depois de um concerto de poucas palavras de Beck em que ficámos com a sensação que apenas cumpria calendário e que, para ele, era indiferente estarem mais cem ou menos cem, apesar de tere começado o espectáculo com alguns milhares à sua frente, Bob Dylan apresentou-se, como ele é, foi e será. Com poucas palavras para o público, menos ainda do que Beck no Super Rock, e tendo falado apenas para apresentar a sua banda, Bob Dylan, ao contrário de Beck, esteve lá. Dylan ouviu cada nota e vibrou com cada uma. Não tinha avião para apanhar e mesmo que tivesse não iamos sabê-lo, pela sua subtileza, mestria e gosto por aquilo que faz.

O concerto começou e acabou como se de um road movie se tratasse. Metemo-nos no carro, abrimos a janela e apreciamos a paisagem sem repararmos no tempo que passa mas que não interessa que passe porque, para nós, ele parou. Só a brisa e a estrada se movimentam.

Ao contrário do que se possa pensar, a noite de rage against the machine foi, realmente, ontem. Bob Dylan não se verga, nem para agradecer à sua audiência.

1. Rainy Day Women #12 & 35
2. Don't Think Twice, It's All Right
3. Lonesome Day Blues
4. Things Have Changed
5. Girl Of The North Country
6. Tangled Up In Blue
7. Desolation Row
8. It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding)
9. Spirit On The Water
10. Highway 61 Revisited
11. Ain't Talkin'
12. Summer Days
13. Ballad Of A Thin Man
(encore)
14. Thunder On The Mountain
15. Like A Rolling Stone

(Lista de temas co concerto via
Bob Links)

P.S. Infelizmente, muitos dos espectadores estavam demasiadamente ocupados, em frente ao palco, a colocar a conversa em dia para repararem que, no palco, estava um dos homens mais importantes da história contemporânea.

Bob Dylan, no Rock in Rio, em Madrid.