O Rock in Rio favorece visivelmente os artistas brasileiros. Mesmo artistas desconhecidos, ou com menos popularidade em Portugal, como Marcelo D2, Pitty e Jota Quest, têm lugar no palco principal enquanto os portugueses, Mesa ou Fingertips, ambos com grande popularidade, foram colocados num palco secundário. Mesmo quando actuam no Hot Stage, palco secundário, artistas brasileiros, como Zé Ricardo e Sandra de Sá, actuam sempre em horários mais nobres do que os portugueses. Hands on Approach tocam às 16:30, antes do Zé Ricardo, que ninguém sabe quem é, se perguntarem ao público português, e os portugueses Tara Perdida e Fonzie actuam antes de Sandra Sá. Sim, ela até gravou com Tim Maia, mas alguém a conhece em Portugal?
O "Rock in Rio" é uma multinacional brasileira que aterrou em Portugal e, como tal, deverá, como qualquer outra, não só usufruir do que temos a oferecer à organização do Rock in Rio, como, por exemplo, Portugal servir como plataforma logística para lançamento do Rock in Rio em outros países europeus, mas também, por gentileza comercial ou obrigação contratual, a colocar a marca Portugal, começando pelos nossos artistas, à frente da marca Brasil.